Downloads de aplicativos de e-commerce crescem 43% e marcas nativas digitais se destacam
Confira os principais dados do estudo Mercado Mobile 2024 sobre os aplicativos de e-commerce.
Vemos cada vez mais empresas da indústria no e-commerce e isso é um caminho sem volta. Veja as principais nuances dessa tendência.
Uma pesquisa da Filter of Retail, realizada pela Euromonitor em conjunto com o Google, prevê o crescimento de 42% do comércio digital até 20251. Diante desses números e observando vantagens como: maior flexibilidade e agilidade nas negociações, facilitação do controle e contato com os clientes, o e-commerce passou a ser um caminho inevitável para a indústria.
No modelo Direct to Consumer (D2C) é possível vender direto para o cliente final sem necessidade de intermediários na cadeia de distribuição tornando interessante uma conversa sobre fabricantes de produtos inserirem a sua indústria no e-commerce, no modelo D2C.
Então, eu e o Rafael conversamos com a Camile Shigueoka, supervisora de marketing da Vapza, uma das maiores indústria paranaense produtora de alimentos cozidos a vapor e embalados a vácuo, com tecnologia francesa variada do sistema sous vide para seus produtos, e com o Rafael Hortz, gerente de marketing da Vitao Alimentos, uma empresa paranaense pioneira no mercado de produtos integrais, sobre "A Indústria no E-commerce: Um Caminho sem volta" na gravação do terceiro episódio do Digital Commerce, o podcast da Betminds.
Como sempre, o resultado foi a extração de diversos insights desses dois profissionais. Veja alguns destaques do nosso papo.
Para contextualizar, D2C é uma sigla para Direct to Consumer e indica um modelo de negócios no qual a fabricante de um produto vende diretamente para o consumidor final, dispensando intermediários como distribuidores e varejistas.
Empresas da indústria precisam, é claro, ter uma meta de vendas para o e-commerce. No entanto, uma loja virtual D2C da fabricante funciona como uma excelente ferramenta para medir a aceitação de determinado produto no mercado.
Rafael Hertz pontuou bem isso com um exemplo de que os distribuidores não compram somente da sua empresa. Eles trabalham com outros produtos e, consequentemente, com outros fornecedores que, por sua vez, têm seus próprios processos.
Isso faz com que ele precise dividir a atenção com todos e opte por comprar da sua empresa apenas aquilo que o convém mais.
No entanto, quando você decide colocar sua indústria no e-commerce como D2C, passa a disponibilizar todo o seu estoque ao consumidor final e a dar a experiência de compra projetada (algo que muitos distribuidores ou lojistas não estão dispostos e, portanto, decidem não revender).
No nosso primeiro episódio, Maurício Grabowski — gerente de e-commerce do Balaroti, loja de materiais para construção, casa e decoração — disse que em alguns casos o cliente prefere esperar por um prazo um pouco maior em troca de receber o material sem avarias.
O Balaroti é B2C. Mas já pensou se fosse D2C e deixasse de vender guarda-roupas, por exemplo, porque os distribuidores alegam que o transporte cauteloso aumentaria o prazo do last-mile e, portanto, ninguém compraria?
Isso geraria uma percepção errada sobre o potencial de vendas de um determinado produto. Além disso, com a sua indústria no e-commerce você consegue informações que não teria caso se restringisse às vendas apenas para os distribuidores, por exemplo:
Com isso, você tem números comprobatórios para, inclusive, apresentar os produtos aos distribuidores, mostrando os números de venda e aceitação no mercado.
Sempre que conversamos com outros profissionais do e-commerce, surge o assunto de como a pandemia acelerou os números do nosso mercado. Mas, também podemos observar outras mudanças no mercado referentes à tecnologia nos últimos 2,5 anos.
Por exemplo: 46% da população fez compras pelos celulares ou tablets em 2021. Soma-se a isso a diversificação dos meios de pagamento e vê-se que, portanto, a facilitação do processo de compra (algo atrelado ao avanço da tecnologia) contribuiu para o e-commerce.
“A gente evoluiu 10 anos em 2”, diz Camile referindo-se ao ramo de comércio eletrônico em geral. “Mas um dos maiores desafios da indústria, que eu enxergo, é que muita gente [empresas fabricantes] segura fazer o e-commerce [D2C] para não entrar em conflito com o próprio cliente [empresa que revende o produto ao consumidor final]”, conclui.
Esse tipo de pensamento se baseia no fato de que o preço do fabricante é menor e, portanto, mais atrativo. Acontece que, como eu disse no podcast, o que o consumidor quer é otimizar o seu tempo.
Usei o meu exemplo na gravação e reitero aqui: antes, eu precisava dedicar uma manhã inteira para fazer as compras do supermercado. Hoje, eu tenho a comodidade de manter uma lista, fazer as alterações pontuais a cada compra e receber tudo em casa.
E isso pode ser ofertado por quem vende — seja um varejista ou uma indústria no e-commerce D2C — através de uma experiência omnichannel.
Experiência é o que não falta para a Camile e para o Rafael. Então, o assunto rendeu bastante e ainda falamos sobre:
E a gente ainda abriu espaço para os dois profissionais darem 3 dicas para as indústrias que pretendem lançar os seus e-commerces ao mercado, abordando os desafios que elas poderão encontrar pelo caminho.
Não dá para colocar tudo aqui porque a troca de experiência foi muito produtiva e este artigo ficaria muito longo. Por isso, te convido a assistir o episódio e acompanhar tudo na íntegra, apertando o play abaixo!
Quer ainda mais? Então clique aqui para ouvir outros episódios do Digital Commerce – O Podcast.
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1 Carlos Gómez, J. and Aramburu, M. (2021). Com a aceleração do e-commerce, qual o futuro das lojas físicas?. [online] Think With Google. Disponível em: https://www.thinkwithgoogle.com/intl/pt-br/tendencias-de-consumo/jornada-do-consumidor/pesquisa-futuro-omnicanalidade-brasil/ [Acesso em 14 Out. 2022].
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