Downloads de aplicativos de e-commerce crescem 43% e marcas nativas digitais se destacam
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Neste episódio do Digital Commerce, conversamos com Juliane Brizida, Gerente de E-commerce, da Buckman Menswear, e Rafael Cintra, Head de Digital, da Democrata Calçados. Confira!
Os homens consomem de forma diferentes que as mulheres. As exigências são outras e a própria jornada que eles percorrem é distinta. Por isso, os e-commerces de moda masculina apresentam alguns desafios específicos.
Para falar sobre isso, convidamos Juliane Brizida, Gerente de E-commerce, da Buckman Menswear, e Rafael Cintra, Head de Digital, da Democrata Calçados.
Confira os destaques da nossa conversa!
Tanto a Buckman quanto a Democrata são empresas tradicionais e de longa data no mercado brasileiro de moda masculina. E isso traz alguns desafios na questão da transição para um operação digital.
Juliane conta que o maior deles foi a mudança de mindset. A Buckman tem uma forte presença no físico e, segundo ela, a abertura do e-commerce da marca gerou uma resistência interna. Afinal, não se tratava apenas de mexer em algo que estava dando muito certo, como também de tirar a empresa da sua zona de conforto de décadas.
A Democrata possui uma atuação um pouco diferente. Rafael comenta que, até 2018, a empresa era muito focada na venda em atacado para lojas multimarcas. Isso fez com que lá também houvesse muito receio entre os sócios em relação ao e-commerce.
Ele fala que uma das maiores preocupações era não agredir o mercado e seus parceiros do varejo com a loja virtual da marca.
Por isso, a implementação foi feita aos poucos, começando mais como um canal de exposição da marca e, somente depois, ganhando força como um comércio eletrônico propriamente dito e com importância dentro da empresa.
Rafael diz que não é necessário enxergar esse processo como algo complexo. Para ele, o objetivo de ambos os lados é simples: o cliente quer ter uma boa experiência e encontrar o produto que precisa, e a marca quer garantir essa venda e a satisfação do consumidor.
A partir dessa constatação, Rafael conta que fica muito mais fácil definir uma comunicação consistente nos diferentes canais. Isso envolve unificar as campanhas e ter transparência com franqueados e clientes.
No caso da Democrata, existe uma agenda de promoções e ofertas única para o físico e para o digital (site, redes sociais e e-mail marketing). Segundo ele, isso é fundamental para minimizar os conflitos entre as lojas físicas e o e-commerce.
Juliane acrescenta a questão do atendimento. Para ela, o cliente deve ter a segurança de comprar e ser atendido independentemente dos canais que escolher em cada etapa. E isso também abrange o uso de uma linguagem unificada em todos os canais, para criar uma identidade da marca e dessa adequação ao longo do funil.
Rodrigo ressalta a importância de uma estratégia omnichannel, uma vez que deixou de ser apenas uma tendência e já se tornou uma demanda dos consumidores - principalmente porque grandes players já oferecem essa experiência unificada.
O setor de moda costuma apresentar índices altos de trocas e devoluções. Juliane concorda e afirma que o cliente da loja física é diferente do e-commerce. Segundo ela, quem compra no site geralmente está conhecendo a marca, e isso gera um volume maior de trocas.
A questão é que isso traz custos logísticos e relacionados à experiência do usuário com a marca.
No caso da Buckman, ter lojas em diferentes estados ajuda a reduzir esses custos e o tempo que o consumidor deve esperar para conseguir um produto ou fazer uma troca.
Rafael lembra que, hoje, com avanço da legislação e da própria atuação das marcas, os clientes se sentem mais seguros para fazer trocas sempre que necessário.
Nesse sentido, ele conta que, quanto mais a marca melhora seus processos e logística reversa, mais tende a aumentar o número de trocas e devoluções. Tanto é assim, que esses indicadores só avançaram nos últimos cinco anos na Democrata.
E embora seja um desafio e traga custos, Rafael acredita que a logística reversa é o melhor caminho para fidelizar um cliente. Oferecer uma experiência facilitada , desburocratizada e bem informada é fundamental para tornar esse processo o mais rápido possível.
Ainda dentro da logística, ele afirma que o Mercado Livre causou uma grande disrupção no cenário brasileiro. Devido à excelência da empresa nesta questão, Rafael comenta que os clientes tornaram-se mais exigentes com as outras marcas e querem a mesma agilidade que o gigante do varejo oferece.
A solução, ele conta, é apostar na omnicanalidade, na descentralização da operação e nas parcerias logísticas. O avanço de tecnologias que ajudem o consumidor na escolha do produto no site também são cruciais para reduzir as trocas e devoluções.
Segundo a Linx, parte do grupo StoneCo, as transações feitas por mulheres representaram 80% do total do ecommerce em 2022. Porém, um estudo recente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) mostrou uma diminuição para aproximadamente 60% em 2023. Ou seja, os homens estão comprando cada vez mais online.
Para Juliane, isso reflete uma preocupação do público masculino em se vestir melhor e dá maior segurança aos consumidores em comprar em lojas virtuais.
Rafael acrescenta que o público masculino costuma ser mais prático na hora da compra, além de, estatisticamente, consumir menos do que as mulheres. Isso exige das marcas que trabalham com esse público o oferecimento de uma experiência prática e mais simples.
Porém, ele ressalta que o comportamento dos homens vem mudando e é preciso ficar atento.
O episódio na íntegra já está no ar, então eu te convido para assisti-lo, dando play no vídeo abaixo ou para escutá-lo direto no spotify, clicando aqui!
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