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Saber o que é e como aplicar o dropshipping é uma ótima estratégia para todo e-commerce.
A internet possibilita a criação de diferentes modelos de negócio; uns não dão certo e outros chegam para ficar. E um dos modelos em ascensão nos últimos anos no e-commerce é o dropshipping.
A seguir, vamos ver mais detalhes sobre o processo de vendas por intermediação e conhecer suas vantagens. Acompanhe!
Dropshipping é um modelo de e-commerce em que o lojista não mantém um estoque dos produtos à venda, uma vez que cumpre o papel de intermediário entre consumidores e fornecedores.
Nesse modelo, os produtos anunciados não são armazenados nem enviados pelo vendedor. Isso fica sob responsabilidade dos fornecedores.
Essa característica faz com que o dropshipping venha se tornando cada vez mais popular. Afinal, é um modelo de negócio que demanda um investimento muito mais acessível, sobretudo para pequenos varejistas.
Importante ressaltar que, além de atuar como intermediário, o vendedor tem que se dedicar aos esforços de marketing para atrair consumidores para a loja. Além disso, cabe a ele estruturar a loja virtual (ou perfil no marketplace), definir os preços, processar os pedidos e repassá-los aos fornecedores. A infraestrutura de atendimento e pagamento também é de sua responsabilidade.
A cada venda, o lojista recebe uma parcela do valor. É isso que sustenta o negócio financeiramente.
O modelo de dropshipping exige um cuidado muito específico na escolha dos parceiros. Afinal, por mais que o vendedor não seja o responsável pelos produtos e pela parte logística, é seu nome que está na vitrine e sua reputação também está em jogo.
Embora essa estrutura de intermediação seja imperceptível para o cliente, quaisquer problemas com a compra recaem sobre o lojista.
O modelo de dropshipping é bem claro. Mas vamos repassar todo o processo para entendermos as etapas:
Importante: caso o cliente desista da compra ou deseje trocar o produto, esse processo deve ser conduzido na plataforma do vendedor. Em seguida, o lojista deve comunicar o fornecedor, que será responsável pela logística reversa.
O dropshipping é simples e beneficia tanto lojistas quanto fornecedores, pois divide os esforços de venda.
Algumas das vantagens para os vendedores são:
Como comentamos, o fato de o lojista não precisar manter um estoque com os produtos que vende barateia suas operações. Basta uma boa plataforma de vendas para realizar todo o processo.
Aliás, isso não vale apenas para a estruturação inicial da empresa, uma vez que também se reflete em menores custos ao longo de toda sua operação.
Pelo mesmo motivo, um varejista que deseja adotar o modelo dropshipping pode começar a vender imediatamente. Uma vez fechadas as parcerias com os fornecedores, o maior esforço é a estruturação da loja virtual com os produtos disponíveis.
A manutenção e controle de estoque e o planejamento da questão logística são algumas das maiores dores de cabeça de um e-commerce. No dropshipping, essas etapas ficam a cargo do fornecedor, livrando o lojista de muitos problemas - embora, lembremos, cabe a ele fornecer atendimento ao cliente durante todo o ciclo.
Sem o peso das questões de estoque e entrega, o vendedor pode (e deve) se concentrar em melhorar constantemente a experiência do cliente. E isso envolve também o pós-venda. Vamos lembrar que o lojista é o responsável pelo atendimento, suporte e trocas e devoluções; é seu nome que aparece para o consumidor.
Neste modelo de negócio, é possível crescer sem que isso represente um aumento substancial de custos operacionais ou a necessidade de contratação de pessoal. É possível absorver novos fornecedores e ampliar o mix de produtos com,basicamente, a mesma estrutura de vendas.
Embora um dos grandes apelos do dropshipping seja sua acessibilidade, isso não significa que este modelo seja adotado apenas por pequenos lojistas. Pelo contrário: muitas empresas grandes encontraram nessa operação uma forma de ampliar seu mix de produtos, diversificar seu e-commerce e lucrar mais.
Vamos conhecer três cases do uso do dropshipping:
A MadeiraMadeira é uma das empresas mais conhecidas de produtos para a casa. Além das lojas físicas, a marca sempre teve grande foco no e-commerce, desde sua fundação, em 2009.
Com uma estrutura atual que conta com mais de 1300 funcionários e 114 lojas físicas, a MadeiraMadeira é pioneira no Brasil no modelo de dropshipping. Sem riscos relacionados a estoque e logística, a empresa conseguiu aumentar a eficiência na cadeia e oferecer menores preços e mais qualidade.
Além disso, aumentou também o leque de produtos. Além dos itens para o lar, hoje ela trabalha com material de construção, eletrodomésticos e decoração.
Hoje, a MadeiraMadeira trabalha com mais de 400 fornecedores e faz mais de 8 mil entregas por dia. Não à toa, se tornou, em 2021, um dos mais novos unicórnios (empresas que atingem valor de mercado de US$ 1 bilhão) da América Latina.
A Bay & Chay é uma empresa que não atua em um nicho específico. A marca foca no que está em alta no mercado e também aposta em novidades. A loja trabalha com dropshipping desde 2016 e, hoje, fatura mais de US$ 60 mil por dia.
A Leo Gary é uma loja de roupas masculinas. A marca, que começou de forma despretensiosa, chegou a registrar faturamento de US$ 800 mil, focando em parcerias qualitativas, isto é, foco total na qualidade dos fabricantes.
O dropshipping não deve ser confundido com o cross-docking. Embora ambos os modelos possibilitam que os lojistas reduzam os custos de estoque, existem algumas diferenças que merecem ser citadas.
Em primeiro lugar, os custos iniciais do cross-docking costumam ser maiores. Como vimos, o dropshipping é relativamente acessível e pode ser implementado sem grandes despesas. Isso faz, aliás, que, a longo prazo, esse sistema consiga garantir uma lucratividade superior a do cross-docking.
Outra diferença importante diz respeito à questão logística. No cross-docking, cabe ao lojista não apenas buscar os melhores vendedores, mas também os centros de distribuição onde os pedidos chegarão dos fabricantes e serão expedidos para os clientes.
Já no dropshipping, essa relação com um CD não existe, uma vez que o próprio fornecedor é responsável pela logística de ponta a ponta. Isso pode tirar das mãos do lojista o poder de definir prazos, isto é, com este modelo, o vendedor é realmente apenas um intermediário.
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