Omnicanalidade, menos fidelidade às marcas e preocupação com o meio ambiente: esses são alguns dos hábitos em alta entre os consumidores atualmente, no Brasil.
É o que destaca um novo levantamento da McKinsey sobre o comportamento e os sentimentos dos brasileiros em relação às compras.
A seguir, vamos conhecer as principais descobertas e insights do estudo, que foi dividido em três partes. Acompanhe!
Zero folga no orçamento
O primeiro dado se refere à percepção dos brasileiros em relação à recuperação econômica do País. E embora o otimismo do consumidor tenha caído entre o final de 2023 e o início deste ano, ele está no maior patamar desde o início da pesquisa, em 2016.
Atualmente, 38% dos consumidores brasileiros acreditam que a economia se recuperará no curto prazo e será mais forte do que antes. Os pessimistas somam apenas 18%,
Renda e despesas
Trazendo os dados para um recorte de classe, o levantamento descobriu que o ritmo de gastos domésticos cresceu em todas as classes sociais, superando o aumento da renda das famílias.
O destaque vai para as classes C, D e E, em que 40% das pessoas afirmaram usar o cartão de crédito para pagar despesas essenciais. E mais: 30% tiveram que retirar das suas economias para cobrir esses gastos.
Até mesmo nas classes A e B, a maioria das pessoas – 63% – acredita que os gastos domésticos aumentaram.
Preocupações
Para 49% dos consumidores do País, a alta da inflação é a maior fonte de preocupação. É a mesma percepção da classe A à classe E.
Importante apontar a preocupação com as mudanças climáticas e questões relacionadas à sustentabilidade. Para as classes A e B, 31% dos consumidores demonstraram inquietude com esse tema. Já nas classes C, D e E o índice é de 24%. Ou seja, trata-se de um tema que perpassa todas as faixas de renda no Brasil.
Zero meio-termo, zero lealdade
O brasileiro está menos fiel às marcas. Cerca de um terço dos consumidores – 31% – optou por marcas mais baratas nos últimos três meses. O movimento, conhecido como trade down, apresentou alta de 7% em relação a 2023.
Para se ter uma ideia do que isso representa, essa elevação coloca o Brasil como líder entre os 18 países pesquisados pela McKinsey.
Já o movimento contrário, o trade up, foi bem mais tímido: apenas 6% dos consumidores disseram que escolheram marcas mais caras.
A opção por gastar menos é generalizada. O trade down foi observado em todas as categorias de produtos. De itens essenciais de higiene pessoal à calçados e vestuários.
Menor quantidade
Devido à percepção de aumento de preços, os consumidores brasileiros compraram menos. Cerca de 40% das pessoas consumidora itens menores ou em menor volume.
E isso nos leva à questão da fidelidade às marcas: 37% dos entrevistados escolheram outro varejista em busca de preços melhores.
Mais uma vez, esse é um movimento observado em todas as classes sociais e em todos os segmentos de produtos.
O ato de se presentear
Um dado interessante aponta que os brasileiros não consomem apenas para presentear os outros. De fato, quase metade dos entrevistados – 45% – possui o hábito de comprar coisas para si.
Os destaque vão para as categorias de vestuário (48%), sapatos (40%), supermercado e comida (36%) e beleza e higiene pessoal (33%).
Zero barreiras
A McKinsey também questionou os brasileiros em relação aos canais de compras. As lojas físicas seguem sendo relevantes, sobretudo, como destaca o estudo, após uma estagnação do digital pós-pandemia.
Nesse cenário, abordagens como omnichannel e a experiência "phygital" ganham cada vez mais relevância.
Quando questionados sobre quais canais mais utilizam em cada momento da jornada, os consumidores responderam:
Loja física: 38% para pesquisa e 48% para compra.
Online ou omnicanal: 62% para pesquisa e 52% para compra.
Vale destacar que as compras omnichannel mantiveram-se estáveis em relação aos anos anteriores. Em 2024, 55% dos brasileiros preferem consumir por meio desta jornada ou totalmente online.
O produto e a jornada
A preferência do consumidor por um determinado canal varia de acordo com o produto. Ao todo, 67% preferem comprar produtos domésticos apenas na loja física. Destaque também para itens não perecíveis (65%), bebidas alcoólicas (65%) e produtos de higiene pessoal (62%).
A compra por omnicanal ou exclusivamente por canais digitais não obteve a maioria da preferência para nenhuma classe de produto.
Material de reforma e artigos de jardinagem (37%), serviços para pets (35%) e alimentos para animais de estimação (34%) foram os que tiveram maior percentual de pessoas que disseram comprar apenas online.
Novos hábitos, oportunidades emergentes
Por fim, o estudo traz conclusões interessantes a partir dos insights obtidos e destaca quatro estratégias nas quais as empresas devem ficar de olho:
Experiência phygital: é importante adotar abordagens como descontos nos aplicativos para serem usados nas loja físicas e vendas por WhatsApp.
Variedade de ofertas: com consumidores menos fiéis, as marcas precisam focar nas ofertas premium, isto é, melhores vantagens para quem gastar mais. Por outro lado, para vencer o temor pela inflação e alta dos preços, é importante focar em mais variedade. A ideia é evitar que os consumidores que optam pelo trade down busquem outra empresa.
Personalização: também em função da menor fidelidade, a customização é chave para reduzir os índices de troca de marca. O estudo traz que três em cada quatro pessoas acreditam que comunicações personalizadas as torna mais propensas a consumir de uma marca.
Propósito: ao contrário do que outros levantamentos apontam, os entrevistados pela McKinsey não parecem dispostos a desembolsar mais por produtos sustentáveis. Porém, isso muda quando a decisão fica entre marcas com preços similares. Nesse caso, o consumidor tende a escolher aquela mais alinhada ao que ele acredita.
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