Dados do mercado

O consumidor brasileiro em 2024: comportamentos e oportunidades

Confira os principais dados do levantamento da McKinsey sobre os sentimentos e hábitos de compra do consumidor brasileiro.

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Omnicanalidade, menos fidelidade às marcas e preocupação com o meio ambiente: esses são alguns dos hábitos em alta entre os consumidores atualmente, no Brasil.

É o que destaca um novo levantamento da McKinsey sobre o comportamento e os sentimentos dos brasileiros em relação às compras.

A seguir, vamos conhecer as principais descobertas e insights do estudo, que foi dividido em três partes. Acompanhe!

Zero folga no orçamento

O primeiro dado se refere à percepção dos brasileiros em relação à recuperação econômica do País. E embora o otimismo do consumidor tenha caído entre o final de 2023 e o início deste ano, ele está no maior patamar desde o início da pesquisa, em 2016.

Atualmente, 38% dos consumidores brasileiros acreditam que a economia se recuperará no curto prazo e será mais forte do que antes. Os pessimistas somam apenas 18%,

Renda e despesas

Trazendo os dados para um recorte de classe, o levantamento descobriu que o ritmo de gastos domésticos cresceu em todas as classes sociais, superando o aumento da renda das famílias.

O destaque vai para as classes C, D e E, em que 40% das pessoas afirmaram usar o cartão de crédito para pagar despesas essenciais. E mais: 30% tiveram que retirar das suas economias para cobrir esses gastos.

Até mesmo nas classes A e B, a maioria das pessoas – 63% – acredita que os gastos domésticos aumentaram.

Preocupações

Para 49% dos consumidores do País, a alta da inflação é a maior fonte de preocupação. É a mesma percepção da classe A à classe E.

Importante apontar a preocupação com as mudanças climáticas e questões relacionadas à sustentabilidade. Para as classes A e B, 31% dos consumidores demonstraram inquietude com esse tema. Já nas classes C, D e E o índice é de 24%. Ou seja, trata-se de um tema que perpassa todas as faixas de renda no Brasil.

Zero meio-termo, zero lealdade

O brasileiro está menos fiel às marcas. Cerca de um terço dos consumidores – 31% – optou por marcas mais baratas nos últimos três meses. O movimento, conhecido como trade down, apresentou alta de 7% em relação a 2023.

Para se ter uma ideia do que isso representa, essa elevação coloca o Brasil como líder entre os 18 países pesquisados pela McKinsey.

Já o movimento contrário, o trade up, foi bem mais tímido: apenas 6% dos consumidores disseram que escolheram marcas mais caras.

A opção por gastar menos é generalizada. O trade down foi observado em todas as categorias de produtos. De itens essenciais de higiene pessoal à calçados e vestuários.

Menor quantidade

Devido à percepção de aumento de preços, os consumidores brasileiros compraram menos. Cerca de 40% das pessoas consumidora itens menores ou em menor volume.

E isso nos leva à questão da fidelidade às marcas: 37% dos entrevistados escolheram outro varejista em busca de preços melhores.

Mais uma vez, esse é um movimento observado em todas as classes sociais e em todos os segmentos de produtos.

O ato de se presentear

Um dado interessante aponta que os brasileiros não consomem apenas para presentear os outros. De fato, quase metade dos entrevistados – 45% – possui o hábito de comprar coisas para si.

Os destaque vão para as categorias de vestuário (48%), sapatos (40%), supermercado e comida (36%) e beleza e higiene pessoal (33%).

Zero barreiras

A McKinsey também questionou os brasileiros em relação aos canais de compras. As lojas físicas seguem sendo relevantes, sobretudo, como destaca o estudo, após uma estagnação do digital pós-pandemia.

Nesse cenário, abordagens como omnichannel e a experiência "phygital" ganham cada vez mais relevância.

Quando questionados sobre quais canais mais utilizam em cada momento da jornada, os consumidores responderam:

  • Loja física: 38% para pesquisa e 48% para compra.
  • Online ou omnicanal: 62% para pesquisa e 52% para compra.

Vale destacar que as compras omnichannel mantiveram-se estáveis em relação aos anos anteriores. Em 2024, 55% dos brasileiros preferem consumir por meio desta jornada ou totalmente online.

O produto e a jornada

A preferência do consumidor por um determinado canal varia de acordo com o produto. Ao todo, 67% preferem comprar produtos domésticos apenas na loja física. Destaque também para itens não perecíveis (65%), bebidas alcoólicas (65%) e produtos de higiene pessoal (62%).

A compra por omnicanal ou exclusivamente por canais digitais não obteve a maioria da preferência para nenhuma classe de produto.

Material de reforma e artigos de jardinagem (37%), serviços para pets (35%) e alimentos para animais de estimação (34%) foram os que tiveram maior percentual de pessoas que disseram comprar apenas online.

Novos hábitos, oportunidades emergentes

Por fim, o estudo traz conclusões interessantes a partir dos insights obtidos e destaca quatro estratégias nas quais as empresas devem ficar de olho:

  • Experiência phygital: é importante adotar abordagens como descontos nos aplicativos para serem usados nas loja físicas e vendas por WhatsApp.
  • Variedade de ofertas: com consumidores menos fiéis, as marcas precisam focar nas ofertas premium, isto é, melhores vantagens para quem gastar mais. Por outro lado, para vencer o temor pela inflação e alta dos preços, é importante focar em mais variedade. A ideia é evitar que os consumidores que optam pelo trade down busquem outra empresa.
  • Personalização: também em função da menor fidelidade, a customização é chave para reduzir os índices de troca de marca. O estudo traz que três em cada quatro pessoas acreditam que comunicações personalizadas as torna mais propensas a consumir de uma marca.
  • Propósito: ao contrário do que outros levantamentos apontam, os entrevistados pela McKinsey não parecem dispostos a desembolsar mais por produtos sustentáveis. Porém, isso muda quando a decisão fica entre marcas com preços similares. Nesse caso, o consumidor tende a escolher aquela mais alinhada ao que ele acredita.

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