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E-commerce de moda feminina: estratégias para melhorar a experiência de compra

Para falar sobre esse tema, conversamos com Bruno Tressoldi, Head de Digital da Santa Lolla, e Cristiane Bueno, gerente de e-commerce da Mamô Brasil. Confira!

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A pandemia impulsionou o e-commerce, e não foi diferente no segmento de moda feminina. A partir de 2020, as marcas voltadas para as mulheres tiveram um crescimento exponencial. 

Esse crescimento traz uma série de desafios para os gestores das lojas virtuais e demandam das marcas estratégias para melhorar a experiência das consumidoras no site e garantir a entrega do produto certo, nas especificações certas e no prazo certo.

Para falar sobre esse tema, conversamos com Bruno Tressoldi, Head de Digital da Santa Lolla, e Cristiane Bueno, gerente de e-commerce da Mamô Brasil.

Veja os destaques desta conversa!

Mudanças no comportamento do consumidor

A falta de padronização dos tamanhos entre as diferentes marcas é um dos maiores desafios enfrentados no setor de moda. Isso traz toda uma série de percalços relacionados a trocas e devoluções, além de impactar na satisfação do cliente.

Nesse sentido, Bruno comenta que a diversidade da mulher brasileira acrescenta outro desafio a essas questões. Diante disso, ele diz que a Santa Lolla foca justamente em fornecer uma experiência de compra satisfatória para as consumidoras online.

Cientes de que, hoje, muitas pessoas compram duas peças iguais de diferentes tamanhos e devolvem aquela que não ficou boa, a marca busca a excelência no pós-venda. Eles fazem reuniões frequentes, por exemplo, para analisar os índices e os modelos mais afetados por trocas e devoluções.

Para ele, um dos grandes desafios da moda é encontrar um ponto ideal em que a consumidora se sinta confortável para comprar online e a marca possa, assim, fidelizá-la.

Quais são os maiores desafios ao gerenciar um e-commerce de moda feminina

Cristiane diz que o maior desafio é a ruptura de estoque, sobretudo para aquelas empresas que utilizam o estoque das lojas físicas.

Para ela, isso envolve um trabalho ativo para conscientizar a equipe dos pontos de venda físicos sobre o e-commerce e como esse é um canal complementar, e não rival.

Já no que se refere aos clientes, Cristiane diz que a questão mais latente é a logística. Isso envolve desde a satisfação com os produtos - que exige, por exemplo, fotos melhores no site - até a entrega no prazo combinado e com um custo acessível.

No caso da Santa Lolla, Bruno conta que a marca busca sempre estar um passo à frente da concorrência, e isso passa por analisar os desafios que as outras marcas também enfrentam.

Ele concorda que a ruptura de estoque é um deles. Uma das estratégias que eles adotam para evitar esse problema é integrar o estoque dos franqueados ao site, dando mais opções às clientes e um boost nas vendas do lojista.

Bruno também concorda com os desafios logísticos. Ele afirma que a entrega just in time é essencial, ao mesmo tempo que é extremamente desafiadora em um país como o Brasil.

Na cidade de São Paulo, por exemplo, a Santa Lolla tem implementado a entrega de calçados em até 1 hora para endereços em um raio de até 15 quilômetros de uma das lojas.

Desafios tecnológicos no e-commerce

Cristiane comenta que, por ser uma empresa de caráter familiar, um dos desafios é o alto custo de soluções tecnológicas. Isso causa um choque de realidades e necessidades: a cultura do e-commerce cresce na Mamô Brasil, mas o setor financeiro precisa ser convencido do potencial de retorno do investimento.

A falta de preparo do time de tecnologia é outra questão importante. Segundo ela, a equipe é muito mais voltada para o físico, e não há profissionais de TI dedicados ao e-commerce.

Bruno ressalta o crescimento do omnichannel. Para ele, a complementaridade entre físico e digital é fundamental para colher melhorias em ambas as frentes.

A Santa Lolla possui um time de e-commerce que vai ativamente atrás de tendências e inovações. Segundo Bruno, isso é essencial para ser pioneiro no mercado e aproveitar os hypes das novidades do mercado.

Como lidar com a alta rotatividade de coleções no e-commerce

A Mamô Brasil trabalha com coleções quinzenais, isto é, a cada 15 dias chegam dezenas de novos produtos, com todas as variações de tamanhos e cores necessárias.

Cristiane comenta que isso é extremamente desafiador, principalmente para trabalhar campanhas de performance. Isso porque, quando um produto começa a ganhar tração, chega uma nova coleção.

Junto a isso, ainda há o desafio de manejar bem o estoque de produtos no momento de realizar as sales daqueles que estão saindo.

Na Santa Lolla, por outro lado, são geralmente cinco coleções no ano (duas no inverno e três no verão). Bruno diz que os produtos que são foco de campanhas são trabalhados de forma diferente, com fotos humanizadas.

Para ele, o consumidor poder se enxergar na peça é crucial no e-commerce de moda, sobretudo o voltado para o público feminino. Então, a marca realiza um esforço a mais na apresentação visual dessas peças-chave e nas campanhas envolvendo elas.

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Assista o episódio completo aqui

O episódio na íntegra já está no ar, então eu te convido para assisti-lo, dando play no vídeo abaixo ou para escutá-lo direto no Spotify, clicando aqui!

Curtiu? Então, fique ligado no Digital Commerce - o Podcast e ouça a conversa na íntegra! Você também pode clicar aqui e conferir outros episódios.

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