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Neste episódio do Digital Commerce - O Podcast, conversamos com representantes dos setores de vinhos e de móveis para entender os desafios do e-commerce. Confira!
Os setores de móveis e vinhos passam por uma forte expansão no Brasil, sobretudo no e-commerce. Enquanto as vendas on-line de móveis têm crescido a um ritmo de mais de 20% ao ano, o Brasil já se tornou um dos maiores mercados de vinho do mundo.
Mas quais são os desafios enfrentados por esses setores tão diferentes? Como sobreviver em um mercado tão aquecido e concorrido?
Para falar sobre este assunto, conversamos com Camila Podolak, gerente geral da Grande Adega, e-commerce de vinhos, e Larissa Angonese, diretora executiva da Casa Aberta Brasil, loja focada no comércio de móveis.
Confira os destaques da conversa!
Camila destaca a questão tributária como um dos principais entraves da operação da Grande Adega. Isso porque a empresa atende a todo o Brasil e há variações nos tributos de estado para estado. A complexidade é tamanha, que há um funcionário dedicado somente às questões fiscais.
Além disso, a diferença da tributação em função do porte das empresas, o que torna a competição ainda mais difícil e acirrada
Outro ponto que ela traz é a oferta de plataformas e ferramentas disponíveis. É preciso se conter e avaliar muito bem quais realmente fazem sentido para a empresa, sobretudo para não comprometer o orçamento.
Larissa complementa o ponto sobre as ferramentas e fala da dificuldade de integrar todos esses recursos. Em muitos casos, as informações não estão centralizadas, o que gera torna o processo muito trabalhoso.
Falando especificamente do setor de móveis, ela comenta sobre a questão logística, principalmente por conta do peso e do volume dos produtos. Um dos maiores desafios nesta área é justamente a escassez de opções de transportadoras para atender esta demanda.
Ela também fala sobre o aspecto da tributação e como empresas que conseguem se encaixar no Simples Nacional têm condições de praticar um preço mais competitivo.
Um dos focos da atuação da Casa Aberta é justamente se diferenciar pelo atendimento. Larissa conta que o assunto é tratado em reuniões semanais com o time, com ênfase na necessidade de oferecer um atendimento humanizado.
Ela diz que o maior desafio envolvendo a satisfação do cliente se dá pela quantidade de intermediários que este setor possui, seja a transportadora, os fornecedores ou os marketplaces.
Sobre os canais de atendimento, ela comenta que o WhatsApp é o mais utilizado. Na plataforma, os chatbots são usados apenas para direcionar as demandas dos clientes. Todo o seguimento do atendimento é feito diretamente com pessoas da própria empresa.
Já Camila conta que, na Grande Adega, o índice de reclamações é bastante baixo, bem como os casos de avaria de produtos ou devolução. Ela fala que as poucas queixas que chegam também são, majoritariamente, via WhatsApp.
Alguns motivos ajudam a explicar este baixo índice de descontentamento. Em primeiro lugar, a seleção dos rótulos do e-commerce é feita a partir de uma análise técnica de um time de sommeliers e enólogos. Depois, o site traz informações extremamente detalhadas sobre cada produto, auxiliando o consumidor na escolha.
Camila conta que existem diversas formas de escolha dos vinhos: via importadora, em feiras, fornecedores que buscam a empresa, entre outros. Em alguns casos, há rótulos que passam por uma avaliação mais profunda para averiguar o fit do produto com o gosto do consumidor brasileiro.
Uma vez escolhido o rótulo, a empresa define onde eles serão comercializados: no e-commerce ou na importadora. Existem muitos rótulos que são vendidos nos dois canais.
Larissa fala que a participação em feiras nacionais do setor é fundamental. Elas também destacam que a empresa faz uma escuta ativa do que os clientes têm a dizer para identificar demandas. Um exemplo é o acompanhamento da seção de perguntas do Mercado Livre.
Outra frente é um estudo para identificar tendências de mercado. Além disso, é claro, são analisados os dados de venda para ver quais produtos têm boa saída.
A Casa Aberta também investe em produtos exclusivos, além de buscar opções que permitam praticar um preço competitivo.
Na Casa Aberta, Larissa conta que a categoria de móveis para escritório é o destaque. Pensando nisso, a empresa vende combos pensados para cada ambiente para facilitar a vida do cliente.
Já na Grande Adega, Camila comenta que os vinhos tintos na faixa entre R$ 60 e R$ 80 são os mais vendidos. Ela destaca, porém, que os kits são muito vendidos, como os pacotes com 10 vinhos em que o preço das garrafas sai mais em conta para o consumidor do que se fossem compradas individualmente.
As convidadas atuam em setores com produtos completamente diferentes. Porém, como vimos, ambas lidam com desafios logísticos importantes.
Camila fala que o centro de distribuição da Grande Adega possui uma estrutura de acondicionamento para manter os vinhos nas condições mais próximas à ideal possível.
O envio é feito com caixas reforçadas, que protegem as garrafas de pequenas quedas e impactos e é entregue via Correios ou pela transportadora Jadlog. Em Curitiba, os clientes podem comprar pelo iFood.
Na Casa Aberta, o processo é um pouco diferente. Larissa comenta que, por conta do peso dos produtos, a empresa trabalha ativamente junto aos fornecedores para que as condições de embalagem sejam as melhores possíveis. Como estamos falando de móveis de madeira, é preciso o cuidado tanto com impactos quanto com a umidade.
Ao todo, 99% dos produtos têm disponibilidade em estoque A empresa tem cinco transportadoras parceiras; a escolha é feita pelo melhor preço oferecido.
O episódio na íntegra já está no ar, então eu te convido para assisti-lo, dando play no vídeo abaixo ou para escutá-lo direto no spotify, clicando aqui!
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