O varejo online fechou o mês de maio com aumento de 3,52% no Índice de Vendas Online da MCC-ENET em comparação ao mês de abril. O crescimento do e-commerce brasileiro em maio também retoma, após um ano, a ascensão do acumulado dos últimos 12 meses.
Para os que não estão familiarizados com o MCC-ENET, trata-se de um estudo que acompanha, diariamente, o desempenho do comércio varejista online brasileiro. Sua metodologia coleta informações de vendas e pesquisas de satisfação, gerando índices importantes para empresas, agentes do mercado e consumidores.
Os 3 índices mais evidentes
A Neotrust e a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), organizações que mantêm o MCC-ENET, destacam 3 dos seus índices, mostrados abaixo. O mês de maio fechou em alta nos três.
Índice de Vendas Online: como já adiantado, apresentou o percentual de +3,52%;
Índice de Faturamento Online: aumento de 6,78%;
Índice de Tíquete Médio Online: +3,14%
Crescimento do e-commerce brasileiro em maio: acumulado dos últimos 12 meses marca fim de sequência negativa que durou 1 ano
Os primeiros dados computados pelo relatório datam de janeiro de 2018, então o comparativo referente ao acumulado de um ano inicia a partir de janeiro de 2019. O Índice de Vendas Online começou métrica com 4,24% — ou seja, aquele mês (janeiro de 2019) vendeu, sozinho, 4,24% do montante de vendas dos últimos 12 meses.
Subindo de um a dois pontos percentuais a cada mês, o Índice de Vendas Online acumuladas nos últimos 12 meses chegou a 73,11% em março de 2021, impulsionado pelo fechamento do comércio físico no combate à disseminação do novo coronavírus, vale ressaltar.
Porém, o número começou a cair devido à diminuição das políticas de restrição, chegando a 8,93% em abril de 2022, numa sequência de um ano e um mês em queda. A boa notícia é que este relatório de maio mostra variação percentual de referente ao total de vendas nos últimos 12 meses de 10,31%.
Crescimento do e-commerce brasileiro em maio por categorias
Os números mais recentes das vendas por categoria, que incluem, também, dados da Pesquisa Mensal do Comércio — do IBGE — são do mês de abril. A composição fica da seguinte forma:
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação: 41,7%;
Móveis e eletrodomésticos (29,4%);
Tecidos, vestuário e calçados (10,7%);
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,3%);
Outros artigos de usos pessoal e doméstico (5,4%);
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,9%);
Livros, jornais, revistas e papelaria (1,6%).
Vendas de maio de 2022 vs maio de 2021
Outro apontamento do relatório é o comparativo do índice de vendas em relação ao mesmo mês do ano anterior. Maio de 2022 fechou com alta de 4,99% perante maio de 2021, retomando o crescimento após queda entre março (3,8%) e abril (1,52%).
Variação regional do Índice de Vendas
Também podemos comparar o mês de maio com o de abril na variação por região. Das 5 regiões brasileiras, somente o Norte apresentou retração. Confira:
Norte (-6,25%);
Centro-Oeste (0,63%);
Nordeste (0,99%);
Sul (3,23%);
Sudeste (5%).
Como reagir ao crescimento do e-commerce brasileiro em maio
O e-commerce cresceu absurdamente desde março de 2020, entrando na rotina de pessoas que não tinham o hábito de comprar online, mas foram obrigadas a fazê-lo. Conforme as coisas caminham rumo à normalização, é normal que grande parte tenha gostado da experiência e a torne parte de suas rotinas de compras.
Sendo assim, vemos a importância de investir em experiências que diferenciem o seu e-commerce dos demais. É o momento de pensar em estratégias omnichannel, na Web3 e suas vantagens para o cliente, olhar com atenção para o funil de vendas e buscar formas de incrementá-lo.
Atenção ao diferencial
Somente manter uma versão virtual da sua loja física, com as mesmas promoções dos produtos e campanhas de marketing unificadas não é mais um diferencial. Isso funcionava no início da internet, quando as pessoas não tinham o grande volume de informações como agora.
Hoje, existe o meio do caminho confuso, que é quando o consumidor alterna, constantemente, entre a exploração de opções e avaliação das disponibilidades. Nesse ponto, fatores como diversificação das formas de pagamento e variedade na exibição de um produto fazem toda a diferença.
Não é à toa que grandes empresas de produtos estão investindo no metaverso. A Nike, por exemplo, lançou um modelo de tênis exclusivo no OpenSea e a Adidas já possui um terreno no The Sandbox. Tudo por uma experiência diferenciada e personalizada ao público-alvo.
“Inovação” é a palavra. O modelo de vendas online está sólido, bem estruturado — o que significa que as demais estratégias em paralelo vão impulsioná-lo cada vez mais. O timing é perfeito para definir um diferencial competitivo e buscar escalá-lo, difundi-lo.
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