Estratégias de recuperação de carrinho abandonado
Veja algumas estratégias de recuperação de carrinho abandonado para aplicar em sua loja virtual.
Projeções para 2027 são de que o mercado global fature US$ 600 bilhões. Aos poucos o live commerce ganha espaço no Brasil, mas a nível global já é uma potência
Como dissemos no artigo específico sobre Live Commerce, essa modalidade de vendas “oferece uma experiência de compra por meio de uma transmissão ao vivo pela internet”. A vantagem está na interação e resposta às dúvidas em tempo real, além da oportunidade de mostrar produtos no detalhe (como um review, mas com a participação do público).
Pelo fato de a transmissão ser, no final das contas, um evento online, ainda existe a possibilidade de captar leads ainda mais qualificados.
A estrutura é a mesma utilizada em pré-lançamentos: atrair tráfego para uma Landing Page com um formulário de inscrição para participação da live. Esta, inclusive, é uma estratégia que a Philips costuma adotar em datas comemorativas, onde os apresentadores dão sugestões de presentes.
Também vemos o live commerce nos grandes marketplaces, como o Mercado Livre e a Shopee (nesta última somente através do aplicativo), enquanto varejistas tradicionais — mas vanguardistas — como a Magazine Luiza fazem testes pelo YouTube e Facebook para sentir o mercado.
Esse é o ponto principal. Aqui no Brasil, o Live Commerce ainda carece de amadurecimento. Mas ao olhar para o exterior, percebemos que isso é uma questão de tempo.
Estamos falando de um mercado que, segundo um relatório da Research e Markets, tem projeção para faturar até US$ 600 bilhões globalmente. Mas por que são, relativamente, poucas pessoas que o conhecem aqui no Brasil?
Grandes marcas, como C&A, Samsung e a já citada Philips têm investido em live commerce por aqui. Além disso, em 2019 Márcio Machado fundou a Stream Shop, uma ferramenta pioneira no Brasil projetada para ser como um hub onde grandes lojas fazem suas transmissões.
O sucesso foi imediato. Vivo, Cobasi, Electrolux, Acer, iPlace, Ambev e até o Banco Inter — no que ficou conhecido como o primeiro live commerce do mercado financeiro — passaram pela Stream Shop. Em 2020, a empresa foi selecionada junto a outras 200 no mundo para um programa de aceleração da VTEX. Até que, em fevereiro de 2021, o Grupo Bittencourt a comprou.
O Grupo Bittencourt é uma empresa de consultoria especializada “no desenvolvimento, gestão e expansão de redes de negócios e franquias”, como diz em seu site principal. No final de 2021 eles analisaram a operação da Stream Shop e trouxeram alguns dados sobre o mercado de live commerce no Brasil.
O relatório mostra que 44% dos compradores brasileiros no live commerce são da faixa etária entre 25 e 44 anos. Outra informação, dessa vez trazida pelo Mundo do Marketing a partir do mesmo documento, mostra que 66% de todos os brasileiros ativos são mulheres.
Muitas criaram a própria marca de revenda de produtos de beleza, cosméticos e relacionados e viram a interação do live commerce proporcionar grandes retornos.
A expectativa para o crescimento do live commerce no Brasil, impulsionada pelo que citei até aqui, chegou ao chinês Yan Di, ex-country manager do AliExpress. Em março de 2022 ele se juntou ao conterrâneo Zhang Zhen, fundador da Influu e da Mobocity, para assumir esta última.
A Mobocity existe desde 2016, mas passa a trilhar um caminho diferente com a reestruturação e a se declarar “o maior potencializador de lives do mundo”. Tanto que no site da empresa consta que da recente sociedade entre os dois empresários acima surgiu a Mobocity. Ou seja, realmente é uma nova empresa.
Não é um tiro no escuro. Yan Di está no Brasil há vinte anos e liderou a presença de empresas chinesas por aqui, como Huawei, Baidu, Ant Financial e a já citada AliExpress. A inspiração parte de tudo o que o live commerce vem proporcionando desde 2016, na China.
Digamos que o conceito atual de live commerce surgiu em 2016 com o Alibaba. Deu certo. Então, veio a pandemia e alavancou ainda mais as compras online. Em novembro de 2020, a empresa faturou US$ 7,5 bilhões nos primeiros 30 minutos de uma transmissão.
Por lá, eles estão indo além com uma nova tendência: o comércio de produtos de luxo usados. Isso porque as gerações mais novas costumam ser mais imediatistas e não ver tanto valor na exclusividade em entrar para uma lista de espera. E qual o maior público consumidor de live commerces? Justamente os millennials e a geração Z.
Ou seja, o cenário teve o seu boom lá na China, está conquistando o mundo, e gerando novas expectativas a partir do país que o lançou ao mundo.
Apesar desses números no país asiático, os dados ainda são insuficientes para perceber algum padrão global de comportamento dos consumidores. Por isso, aqui no Brasil ainda é necessário investir em testes até chegar a um formato.
Mesmo assim, Natano Mattos, Head de Growth da C&A, vê o cenário com otimismo. Ele disse no VTEX Day de 2021 que “o cliente da live shop é 80% mais engajado”, o que vai totalmente em encontro com o fato de que a taxa de conversão do live commerce já é superior a do e-commerce tradicional.
A VTEX é outra empresa que entrou de cabeça no mundo do Live Commerce, com o aplicativo Live Shopping. Através dele, lojas adicionam produtos diretamente de seus estoques, transmitem eventos em suas redes sociais e têm acesso a dados de engajamento e relatórios (como tíquete médio).
Grandes marcas, como a Victoria’s Secret, já estão usando este recurso, que também oferece a possibilidade do cliente interagir diretamente com um dos vendedores, dentro do conceito personal shopper, como faz a Dengo Chocolates.
Outro elemento com potencial para contribuir para a expansão do formato aqui no Brasil são os influenciadores virtuais. Eles humanizam a marca e a aproximam do público-alvo, sendo fundamentais para os e-commerces atuais.
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